Tudo do avesso

Escrever pra colocar do lado certo.

quarta-feira, julho 28

Barca pra Ilha


Nunca quis ter um carro.
Quando fiz 18 anos, não via necessidade de ter um. Pra quê?
A cidade já tem tanto carro e um sistema de transporte coletivo tão bom (e barato)...

Queimei a língua né.

Todo mundo sente falta uma hora...

Mas a minha maior vontade, maior mesmo, é ter um carro pra poder descer pra Ilha do Mel. Sozinha.

Ficar naquele lugar que, faça chuva ou faça sol, é sempre maravilhoso. Me traz uma sensação de paz. Quando volto de lá, a primeira coisa que penso é: "Acho que no fim de semana que vem vou descer de novo. Arranjo uma galera e bora..."

Bom, a galera sempre fura de algum jeito... Ah! O namorado! Também sempre tem um compromisso inadiável no fds...

Meu exemplo de vida é minha Tia, Alessandra.

Sempre foi super independente, calma, conselheira, amiga, aventureira... Lembro de ver ela descendo pra Ilha no FDS... Pegava o carro, sábado bem cedinho e voltava no domingo...

Tem coisa melhor?

Há quem prefira ir pra resorts... Passar as férias em Paris... Ficar em mordomias de Hotéis de Luxo.
Não que não seja bom, é claro. Mas no momento, to procurando alguém muito parceiro pra descer comigo pra lá de vez em quando...

Seja um amigo, uma amiga, um namorado (parceiro pra isso), ou ainda... UM CARRO! Que queira se juntar à minha pessoa... hahah

Beijomeliga.

sexta-feira, julho 16

Assunto delicado

Nunca precisei esconder nada de pai e mãe.
Sempre tivemos uma relação de muita confiança na minha família.
Tenho muita liberdade, não tenho do que reclamar.

Porém, estou vivendo uma situação complicada.
Pela primeira vez, tenho necessidade de dividir um momento bom, uma fase boa que estou passando. MAS, não posso.

Tenho medo da reação do meu pai. A minha mãe já sabe meio por cima, mas não vê como uma coisa boa.
A única coisa que gostaria, é que eles aceitassem. Numa boa.

Eu sou uma pessoa que precisa muito desabafar com alguém... O problema, é que essa história já dura tanto tempo, que o assunto está saturado e ninguém mais quer saber de uma versão diferente. Todas as pessoas criaram uma visão muito ruim dele, e sei que vai ser bem complicado de fazer todos mudarem de idéia assim, de uma hora pra outra.
Não sei até aonde vai essa confiança da minha família...
Só espero poder consertar tudo logo.
Não é todo dia que alguém nos conquista e nos faz querer poder passar por cima de todos pra mostrar que estamos felizes juntos.
Apesar de tudo o que já aconteceu, a fase que vivemos agora, é completamente diferente.
Posso dizer que depois de certos acontecimentos, conheci uma pessoa totalmente diferente da que eu conhecia.

E é essa pessoa, que quero apresentar. A quem estiver disposto a conhecer.

quarta-feira, junho 2

Quebra de rotina

Parece brincadeira sabe.
Quando acordo, a primeira coisa que vejo é:
06:00
Cara, 6 horas da manhã.
Ainda está escuro.
Estamos em Junho e o frio começa a dar as caras.
Levanto da minha cama quentinha e me deparo com uma geladeira de no máximo 8 ou 10 graus.
Entro no chuveiro.
Ainda escuto minha cama me chamar.
Me arrumo pro trabalho.
Prendo o cachorro no canil, debaixo de chuva.
Saio de casa, ando 2 quadras e aguardo o ônibus chegar.
Depois de 40 minutos de viagem, chego no trabalho.
Faço uma coisa ou outra, algumas chatas, mas importantes. Recebo ordens dos chefes (sim, eu tenho uma coleção deles).
Na hora do almoço, como um sanduíche (pra não desmaiar de fome) composto de pão, queijo e requeijão, pois me recuso a almoçar no trabalho – a comida é MUITO ruim.
Chego em casa quase 16h. Esquento a comida e almoço (quase na hora da janta).
Recupero um pouco do conteúdo perdido e lá pelas 18h me arrumo pra ir pra faculdade.
Assisto às aulas. (Quase sempre).
Resolvo voltar pra casa um pouco mais cedo para dar tempo de estudar mais um pouco antes de dormir e começar tudo de novo.
Um amigo meu me oferece carona.
No mesmo momento em que estamos subindo a rua para pegar o carro dele, um infeliz nos aponta uma arma e leva, sem mais delongas, nosso dinheiro e celular. Do meu amigo, ainda levou o casaco.
É brincadeira, né?
Graças a um FDP, to sem dinheiro e incomunicável.
Acho revoltante.

terça-feira, junho 1

Pagodinho?

- Mari... Preciso de uma amiga pra fazer ciúmes pra Fernanda hoje.
- Opa! Vamo lá então!
- Não Mari, ela te conhece né! Sabe que você é minha amiga e não ia adiantar nada.
- Tá, o que quer que eu faça então?
- Arruma tua amiga mais gostosa e leva lá hoje pra mim?
- Ok Marcelo! Até depois então!

Marina liga pra Bianca:

- Oi Bi! E aí? Que vai fazer hoje?
- Oi Mari! Nem vou fazer nada porque?
- Porque eu tenho que ir num lugar hoje pra levar uma outra amiga minha pra ficar com um amigo meu, que quer fazer ciúmes pra ex! Programão de vela! Não tá afim de me acompanhar?
- To! Não tava muito animada, mas o Serginho tá um saco! Vamo sair pra bater um papo então!
- Fechou!

Mais tarde, chegam no lugar duas morenas (Bianca e Marina) e uma loira gostosa e peituda (Aline).

- Marcelo, essa é a ALIINE, e essa a Bianca uma amiga minha.

Depois de algum tempo, Marina se via sozinha no bar, Aline PUTA da cara porque o Marcelo estava ignorando-a, e os dois que sobraram, se entrosando no maior papo.

Alguns dias depois, Marcelo consegue o telefone da Bianca com a Mari e liga pra ela. Enquanto esperava no telefone, ouviu: “Marcelo? Não mãe... Inventa uma desculpa, diz que eu fui no dentista! Esse cara é muito chato!”, e a mãe: “Bianca, não vou inventar nenhuma desculpa! Atende!!”

“Alô? Ahhh, oi é você!!”

Na verdade, Bianca o confundiu com um outro Marcelo que vivia no pé dela. Pelo jeito, esse não se deixou abalar e a chamou pra sair.

Quando foi chegando na casa dela pensou: “Ah, a gente se conheceu no maior pagodão né? Ela deve curtir isso...”. Sendo assim, mudou a estação de rádio.

Assim que Bianca entrou no carro, a primeira coisa que pensou foi: “E não é que ele realmente curte pagode? Até toca no carro dele... Será que meus ouvidos aguentam?”

E foram assim, por semanas a fio...

Até que um dia, Marcelo não aguentou: “Desculpa Bi, mas eu NÃO suporto pagode... Posso ouvir outra coisa?”
Bianca ouviu sinos tocando. Mal acreditava na cena que estava vendo.
Era o homem de sua vida. Seu único defeito sumira.



Hoje, esse belo casal ainda vive junto, depois de vários anos. Têm dois filhos e três cachorros.
São ainda, muito apaixonados um pelo outro.
E são meu exemplo de vida.

Marcelo = Magno, meu pai;
Bianca = Patrycia, minha mãe;
Marina = Simone, cupida e melhor amiga do casal; minha 2ª mãe.

Boa noite!

terça-feira, maio 25

Mela-cueca

Sabe aqueles filmes americanos bem clichezão? Bem sessão da tarde. Mela-cueca (como diz meu pai):

"A mocinha do filme entra (geralmente, no caso desses filmes) no colegial ou na faculdade.
Faz alguns amigos, mas não fica conhecida por todos.
Aí, de repente começa uma trilha sonora do tipo "eu sou foda" e entra O cara.
Aquele que quando chega, todos fazem caras felizes e se sentem o máximo só de cumprimentá-lo! O tipo de cara que tem muita gente que o odeia, mas também, muita gente que paga um paau...
E aí que o cara passou uma conversa na mocinha do filme (a mesma que ele passa em todas).
E aí que a menina não caiu! Pela primeira vez, ele escuta que "não faz o tipo dela".
OI? Como assim? A menina tá louca! Só pode!
Ele consegue pegar quem ele quiser!
Aí, como a atitude dela o intriga, ele insiste né.
Imagine que ele vai deixar barato.
Questão de honra.
Aí, como ela é mais difícil que as outras, ele tem que incrementar o papo.
Começa a falar que ela é diferente das outras. Compara, pra ela se sentir especial.
E aí, ele começa a se divertir com a situação, pois ele vê que ela resiste, mas na verdade, cai no papo dele igualzinho às outras! É aí que ele vê a graça.
O gostinho da conquista vai agradando ele.
Mas, tem um empecilho.
O cara, é lógico, tem uma namorada. De parar o trânsito.
Em algum momento, a insanidade toma conta dele e ele resolve dizer que ama mais ela do que a namorada. Faz várias promessas, músicas, conta da sua vida (pra criar confiança), e por aí vai...
E aí, que a mocinha do filme, acaba se apaixonando por ele.
Até simula um término com a namorada pra ver qual a reação dela.
Como ela gostou, se sentiu o máximo, ele mantém a mentirinha.

E aí que um dia ela chega na faculdade e o avista.
Vai dar oi, na maior inocência.
Percebe que tem alguma coisa estranha no olhar dele quando encontra o dela.
Ele fica assustado.
Solta a mão de alguém... Pera aí? Quem é essa aí?
E... essa.. ALIANÇA na mão dela?
A menina da aliança fica sem entender também.
Ele se recompõe e os dois continuam o caminho como se nada tivesse acontecido, ignorando totalmente a presença da protagonista do filme.

E aí cai a ficha da mocinha do filme de que o menino não prestava.
Ela fica fula da vida e ele se desespera, pois sabe que ela não vai perdoá-lo nunca por ter voltado com a ex (que ele jurou de pés juntos que não amava mais). Ou melhor, ele desespera pois vai perder o come's dos dias sem a namorada.
Na verdade, ele acha que vai. É só fazer um drama um pouco mais sério. Inventar que foi ameaçado pela louca da ex dele ou qualquer coisa do tipo e não teve outra escolha a não ser aguentá-la novamente.
Mas que no fundo no fundo, o amor da vida dele é a mocinha do filme.

E aí ele liga, liga, liga, liga, liga, liga.
Mas a mocinha do filme está muito decepcionada com ele.

Algum tempo depois, o cara dá um jeito de se redimir e a conquista novamente.
E aí que o cara vira o homem mais sério e fiel do mundo e o filme acaba com um lindo beijo de dois jovens apaixonados!"

Não é lindo?
Será que isso acontece na vida real?
Bizarro né.

Sessão da tarde...

segunda-feira, maio 24

Casório?!

- Guria, preciso te contar uma coisa, mas não fale pra ninguém ainda...
- Que foi? Vai casar! ORRA! hahaha
- ... VOU!
- ???

Esse foi o primeiro choque (de vários).
Aquela amiga que conheci na 7ª série e que acaba de completar DEZOITO anos, vem me avisar que vai CASAR em menos de UM ANO (e com dois de namoro...).

Não me entendam mal.
Não sou contra essa bonita cerimônia - quando se tem estrutura, dinheiro, cabeça e boa vontade para enxergar que dali pra frente, os dois começam uma nova vida, independente financeira e emocionalmente de pais, amigos e afins.
Além disso, é uma decisão que exige muita MATURIDADE das duas partes. E aí, a idade também conta...
Se os dois se amam tanto, comecem a viver uma vida a dois devagarinho sabe... Juntem os trapos, vão se adaptando ao cotidiano do outro, façam um TEST DRIVE! Afinal, ninguém vive só de amor - apesar de este ser fundamental.

Outro ponto que gosto de ressaltar, apesar das críticas:
- Acompanhe meu raciocínio: Sejamos otimistas e vamos supor que iremos viver até os 100 anos. Você casa com o amor da sua vida aos 20. E AÍ? Vai viver 80 anos com a MESMA pessoa? (Afinal, ninguém casa planejando uma separação em 20 ou 30 anos né). Haja criatividade pra relação não cair na rotina!

Não é uma questão de promiscuidade, mas façam dessa passagem na terra a melhor possível! Você está na sua melhor versão, aproveite para conhecer e conviver com várias pessoas diferentes. Ria, saia, se divirta, viaje! Nem que seja na maionese...

Há quem diga que eu falo isso pois nunca me apaixonei e nem amei ninguém pra saber.
Aos desavisados: AMOR não me falta. Tenho uma família excepcional e amigos maravilhosos, que não troco por nada nesse mundo.
Em se tratando de homens, também não troco meus AMANTES - pelo menos, não até achar alguém mais, ou tão interessante quanto.
E APAIXONADA, sou pela VIDA. E por todos que a compartilham comigo.

Às minhas amigas insanas (e alguns amigos também), saibam que amo vocês e desejo toda a felicidade do mundo. Além disso, peço que parem para colocar na balança os prós e contras. Vale a pena! Mesmo que isso sirva apenas para confirmar o que vocês já sabiam!

Grande Beijo! :)

domingo, maio 23

Escrever desestressa...

Sempre tive um problema: Falar sozinha.
Nossa, um dia me peguei falando sozinha no meio da rua. Só percebi depois que uma senhora achou graça na minha atitude lunática.
Daí passei a me controlar né... Ficava pensando só. A vontade de falar era grande, mas eu me segurava.
Daí, certo dia, estava pensando em várias coisas sobre meus relacionamentos e percebi que precisava registrar isso.
Eram pensamentos bons, coisas legais que eu vivi e não queria esquecer.
O computador me chamou: Escreve Came!

Desandei...
Escrevi umas 20 páginas, li uma, duas, três vezes... Consertei, acrescentei, modifiquei, retirei.
Gostei.

Acho que esse blog vai me fazer bem.
E espero que aproveitem!